quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Mini Maratona

Após completar a prova com sol muito forte.


No último sábado (7), aceitei o convite do meu host father e fui correr uma espécie de mini maratona com ele. A corrida seria disputada na cidade onde moro, Wroclaw, seria de cinco quilômetros e o tempo máximo seria de uma hora e meia.

Mesmo não sabendo se conseguiria completar a prova em tempo aceitável (45 minutos – triplo do vencedor – era o tempo que considerava aceitável, que não significa bom, só pra constar), fui correr. Sem preparação alguma; na fé e na coragem – como dizem por aí.

Chegando ao local, foi uma surpresa, para organizadores e a TV local, um brasileiro disputando tal evento que, mesmo sendo razoavelmente grande – 5 mil participantes –, atrai majoritariamente poloneses e alguns poucos ucranianos. Cheguei a ser entrevistado para o telejornal local (na verdade, meu host father foi entrevistado e falou sobre o meu caso, afinal, não falo polonês fluente ainda), mas não consegui baixar o vídeo e, portanto, deixo o link àqueles que queiram tentar ver (pode ser que não rode no Brasil) - http://www.tvp.pl/wroclaw/informacyjne/fakty/wideo/07092013-g1830/12332852 - a entrevista começa aos 11:50 mais ou menos.

Voltando a maratona, tive que me aquecer e lidar com a pressão, afinal, estava na TV. Era o nome do Brasil em jogo. Era “coração na ponta do tênis” e “ripa na chulipa”. Teria de dar meu melhor. 45 minutos não era mais aceitável, teria de ser perto dos 30.

Comecei a correr e levei os dois primeiros quilômetros numa boa, mas o cansaço chegou e o sedentarismo das últimas semanas cobrou seu preço. Tive de alternar trotes com caminhadas e, assim, cruzei a linha de chegada em, aproximadamente, 33 minutos, tempo que me deixou extremamente feliz, ainda mais com o calor insuportável fazia no dia.

Eu era o Brasil (como ficou provado no placar eletrônico – milhares de bandeiras da Polônia, cerca de meia dúzia de ucranianos e UM brasileiro) e, como brasileiro, teria de conseguir, e o fiz. Depois da prova, o orgulho e a felicidade por tal desempenho eram maiores que qualquer dor que poderia vir a sentir nos dias seguintes, e, de fato, senti dor nas pernas. Mas valeu a pena. Afinal, como diria André Henning: Nós somos o Brasil.


PS.: O texto está um pouco exagerado por motivos de: Eu quis assim.


Nenhum comentário:

Postar um comentário