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| Após completar a prova com sol muito forte. |
No último sábado (7), aceitei o convite do meu host father e
fui correr uma espécie de mini maratona com ele. A corrida seria disputada na
cidade onde moro, Wroclaw, seria de cinco quilômetros e o tempo máximo seria de
uma hora e meia.
Mesmo não sabendo se conseguiria completar a prova em tempo aceitável
(45 minutos – triplo do vencedor – era o tempo que considerava aceitável, que
não significa bom, só pra constar), fui correr. Sem preparação alguma; na fé e
na coragem – como dizem por aí.
Chegando ao local, foi uma surpresa, para organizadores e a TV
local, um brasileiro disputando tal evento que, mesmo sendo razoavelmente
grande – 5 mil participantes –, atrai majoritariamente poloneses e alguns poucos
ucranianos. Cheguei a ser entrevistado para o telejornal local (na verdade, meu
host father foi entrevistado e falou sobre o meu caso, afinal, não falo polonês
fluente ainda), mas não consegui baixar o vídeo e, portanto, deixo o link àqueles
que queiram tentar ver (pode ser que não rode no Brasil) - http://www.tvp.pl/wroclaw/informacyjne/fakty/wideo/07092013-g1830/12332852
- a entrevista começa aos 11:50 mais ou menos.
Voltando a maratona, tive que me aquecer e lidar com a
pressão, afinal, estava na TV. Era o nome do Brasil em jogo. Era “coração na
ponta do tênis” e “ripa na chulipa”. Teria de dar meu melhor. 45 minutos não
era mais aceitável, teria de ser perto dos 30.
Comecei a correr e levei os dois primeiros quilômetros numa
boa, mas o cansaço chegou e o sedentarismo das últimas semanas cobrou seu
preço. Tive de alternar trotes com caminhadas e, assim, cruzei a linha de
chegada em, aproximadamente, 33 minutos, tempo que me deixou extremamente feliz,
ainda mais com o calor insuportável fazia no dia.
Eu era o Brasil (como ficou provado no placar eletrônico –
milhares de bandeiras da Polônia, cerca de meia dúzia de ucranianos e UM
brasileiro) e, como brasileiro, teria de conseguir, e o fiz. Depois da prova, o
orgulho e a felicidade por tal desempenho eram maiores que qualquer dor que
poderia vir a sentir nos dias seguintes, e, de fato, senti dor nas pernas. Mas
valeu a pena. Afinal, como diria André Henning: Nós somos o Brasil.
PS.: O texto está um pouco exagerado por motivos de: Eu quis
assim.

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